Visita ao Convento de Jesus

Realizou-se, no âmbito da disciplina de História da Cultura e das Artes, no passado dia 26 de junho, uma visita de estudo ao Convento de Jesus, em Setúbal. Esta visita contou com a participação da turma TT 2024-2027 e surgiu na sequência da consolidação de conteúdos relacionados com o gótico – manuelino (módulo 4).

Foi uma excelente oportunidade para os alunos aplicarem os conhecimentos teóricos lecionados em contexto de sala de aula. Para isso, foi dado aos grupos uma ficha de trabalho de recolha de informação. As conclusões dos vários grupos foram conhecidas mediante apresentação de relatório escrito e apresentação oral.

A visita começou pela análise da fachada, dividida em três secções: coro alto, nave central e cabeceira. As gárgulas mereceram particular atenção dos alunos, curiosos e admirados com as formas grotescas que possuem. Já no interior, o espanto foi também geral. A admiração pelas colunas torsas e pela bela abóbada com nervuras curvas – a primeira registada em território nacional de perfil eminentemente manuelino, foi outro facto de registo. Os alunos dispersaram-se, explorando as diferentes áreas da nave central e da capela-mor da igreja. Foram preenchendo as fichas de forma organizada e sempre que necessitavam, pediam esclarecimentos. Curiosa também foi a reação da turma ao deparar-se com os vários túmulos distribuídos pela nave central e altar-mor.  Inclusivamente tentarem aceder a uma aplicação no telemóvel para conseguirem ler o corpo epigráfico que consta nos túmulos. Depois de muitas questões levantadas em torno das sepulturas, ficaram surpreendidos quando lhes foi dito que o Convento continha os túmulos da sua patrona, Justa Rodrigues Pereira, e dos seus dois filhos, graças à bula papal de 1505, que autorizou a institucionalização do seu panteão familiar na igreja do Convento.

Apesar do intenso calor que se fazia sentir, houve ainda motivação para observar o riquíssimo portal manuelino da Igreja de São Julião, em plena Praça do Município. Foi possível ver o complexo jogo de arcos  (conopial, trilobado e de volta perfeita) e a decoração profusa, tão característica do manuelino: colunas torsas de cordas entrelaçadas; alcachofras, botões de rosa, pilastras decoradas, coruchéus.

Considera-se que o convívio com a arte é um dos modos mais eficazes para a sua aprendizagem.  São momentos importantes para os alunos perceberam a importância da disciplina no contexto do curso.